sexta-feira, 11 de outubro de 2013

ETC E TAL: Oficinas de teatro com o prof. Jadson Agrélio

DIA 25/11: AUDIÇÕES PARA O GRUPO
DAS 18:30 ÀS 21:30 - INSCRIÇÃO: 15 REAIS
INFORMAÇÕES: JADSON 9995 6067
apoio Colégio Modelo 


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

FESTIVAL DAS ARTES 2013 - DE 3 A 6 DE OUTUBRO




Foi um sucesso a primeira edição do FESTIVAL DAS ARTES DE CANAVIEIRAS,    evento que aconteceu no Instituto de Hotelaria Planet Panzini, entre os dias 3 e 6 de outubro de 2013.


 Em parceria com a AMOC ´Associação do Movimento Cultural de Canavieiras, Oo evento contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e do Centro Cultural Julia Thomson.


Na quinta-feira as apresentações de dança surpreenderam a todos e foi um aprendizado e uma intensa troca de informações sobre os estilos de dança existentes na cidade, e o que tem sido feito nessa área pelos inúmeros talentos existentes em Canavieiras.




Na sexta-feira o Open Day do Instituto Panzini abriu as portas para quem quisesse se informar a respeito do trabalho desenvolvido e os cursos e oficinas que estão sendo planejados para o futuro naquela instituição.


 A feira de artesanato foi o foco do fim de semana com enorme variedade de trabalhos,



 Uma enorme dose de criatividade e originalidade marcou o evento.





 No domingo o fórum "Arte em Canes" foi um momento muito participativo e proveitoso onde foi feita uma reflexão e lançadas muitas ideias para que possamos juntos buscar caminhos para a arte e a cultura de nossa cidade.



Estamos confiantes que este pode se tornar um evento anual para ser incorporado ao nosso calendário cultural.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

ARTISTA/ARTESÃO DO MÊS - MANOEL PAIXÃO: Manoel do Caranguejo


De origem e atitude muito humilde e simples, Manoel  Paixão desde pequeno divide seu tempo entre a cidade de Canavieiras e a "roça" no interior da região, onde aos 6 anos de idade começou espontaneamente a fazer peças de barro, elefantes, bonecos, etc., despertando assim seu interesse e seu amor pelas artes e pelo artesanato, coisa que ele fez questão de manter pela vida afora.


Nascido em uma família de artesãos e rodeado por diversas técnicas e materiais diferentes, Manoel, já com o artesanato no seu DNA, na maior parte do tempo foi autodidata. Com o tempo foi desenvolvendo sua técnica favorita, que é o trabalho com madeira, mas ao mesmo tempo aprendeu a trabalhar com cerâmica, cestaria com fibras naturais e outras técnicas que envolviam materiais encontrados na natureza, que sempre foi sua inspiração.



Aos 14 anos Manoel já produzia comercialmente peças utilitárias como tábuas de carne, pilões, colheres de pau, gamelas e afins. Produzia também suas próprias ferramentas, e com o tempo adquiriu uma freguesia garantida nas lojas da cidade e do porto de Canavieiras. Começou a trabalhar com peças mais artísticas, mas sua insegurança e timidez o impediam de comercializar além dos utensílios de sempre.


Foi em 1998 que, quase por acaso, Manoel se viu trabalhando em um protótipo de um pequeno caranguejo em parceria com sua irmã, que também é artesã de mão cheia. Os experimentos iniciais eram com casca de árvore e corticeira. Aos poucos foi aperfeiçoando a técnica e os materiais usados e os primeiros exemplares mediam 4 cm de diâmetro no casco. Apesar de sua timidez seu produto foi visto por várias pessoas que começaram a incentivar a produção, por ser uma ideia muito em harmonia com a identidade da terra.



Quando surgiu a  primeira encomenda de Manoel para o Rio de Janeiro, surgiu também uma novidade: o primeiro caranguejo com 15 cm de casco. Motivado por uma associação de artesãos que existia na época, expôs seu produto no Festival do Caranguejo da cidade, e foi um sucesso imediato. Logo em seguida foi contratado para esculpir um molde para um caranguejo de fibra de vidro com o diâmetro de 50 cm de casco.



Com a visibilidade dos festivais, Manoel foi convidado a participar de reuniões com SEBRAE, SENAI e secretaria de Turismo, e vendia todas as peças que produzia na época, inclusive para turistas de outros países em busca de produtos que realmente representassem as riquezas de nossa terra. Apesar do caranguejo ter se tornado seu carro-chefe, Manoel criou outros produtos interessantes como fruteiras em forma de cacau e travessas em forma de peixe, vasilhas com alça e tampa, porta-joias em forma de siri com tampa, portas-guardanapo, etc., além dos utensílios de sempre, que são venda garantida na baixa estação.


Com a suspensão dos festivais, por alguns anos, Manoel esteve ligado à Pastoral do Menor, que tinha sua própria loja de artesanato, e junto com o Instituto Mauá, incentivava o artesanato local, e ajudava a escoar produtos da cidade através das feiras e da loja do Mauá em Salvador, onde Manoel também participou na época. Infelizmente a loja de artesanato da Pastoral fechou e muitos artesãos ficaram desmotivados com a falta de oportunidade.


Foi em 2009, com o surgimento da AMOC, que os caminhos do artesanato começaram a ser retomados e as feiras e eventos começaram a trazer de volta a presença dos artesãos na cidade. O apoio do SEBRAE foi restabelecido, o Instituto Mauá voltou para dar cursos e cadastrar os artistas e com isso um novo impulso foi dado ao artesanato e à carreira de Manoel em particular.


Hoje Manoel já incorporou ao seu repertório a beleza e a elegância das garças que compõem nossa paisagem. As aves têm feito sucesso  onde são mostradas e Manoel mal consegue cumprir as encomendas. Produz também instrumentos de trabalho como os úteis teares de grampo e agulhas especiais que são usados nas oficinas que são ministradas pelas instrutoras da AMOC, e as vendas são também garantidas nessa parceria.


Manoel trabalha numa oficina no fundo de sua residência e este é o melhor lugar para encontrá-lo e ver amostras e peças à venda, ou mesmo para fazer uma encomenda, com certeza ele se esforçará para fazer a sua peça a seu gosto, no tempo estipulado. O endereço é
Rua São Francisco, 989 (perto da Praça da Capelinha)
telefone: (73) 9999 7281